A insônia crônica é uma condição que atinge cerca de 73 milhões de brasileiros e pode causar impactos graves na saúde física e mental de quem lida com ela. Nesse cenário, é compreensível que as pessoas adotem, de forma autônoma, soluções mais rápidas e acessíveis.
No entanto, o ato de se automedicar para dormir quando não há diagnóstico e acompanhamento de um profissional é uma prática perigosa, que pode transformar o problema do sono em uma complicação de saúde crônica.
Quais os riscos da automedicação para insônia?
Alguns medicamentos de venda livre causam sonolência como um dos seus efeitos colaterais, e costumam ser buscados e usados por pessoas que querem dormir melhor ou que lidam com a insônia. É o caso, por exemplo, de antialérgicos e da melatonina:
- Os antialérgicos (ou anti-histamínicos) atravessam facilmente a barreira hematoencefálica e causam sedação. O risco, porém, é que eles não promovem um sono reparador de qualidade, podendo levar à sonolência diurna, confusão mental e fadiga. O uso constante e prolongado pode, inclusive, impactar o desempenho psicomotor.
- Já a melatonina, vendida como um “suplemento”, pode parecer inócua. Contudo, a dosagem inadequada ou o uso sem necessidade específica (como jet lag ou distúrbios do ritmo circadiano) pode desregular o ciclo natural do sono, além de causar efeitos colaterais como sonolência diurna, tontura e sonhos vívidos.
Uso irrestrito de medicamentos controlados para a insônia
Mesmo medicamentos que exigem receita, como o Zolpidem (um hipnótico não-benzodiazepínico) ou os Benzodiazepínicos (como o Clonazepam), oferecem riscos significativos quando usados de forma abusiva ou sem supervisão. Por exemplo:
- Geram alto risco de dependência e tolerância: O Zolpidem, por ter um efeito rápido e de curta duração, possui um alto potencial para a dependência. O uso além das 4 semanas recomendadas aumenta o risco de o paciente precisar de doses cada vez maiores (tolerância) e de sofrer a chamada insônia rebote (piora da insônia) ao tentar parar.
- Podem causar comportamentos de risco: O uso indevido de Zolpidem tem sido associado a fenômenos como alucinações, sonambulismo (realização de atividades sem memória posterior) e lapsos de memória, que podem colocar o paciente em situações perigosas.
Por que devo ter acompanhamento médico no tratamento da insônia?
A automedicação traz riscos porque trata apenas o sintoma, ignorando a raiz do problema. O acompanhamento médico, por outro lado, promove uma investigação mais a fundo dos motivos que podem causar a insônia e, com isso, a adoção de um tratamento individualizado e eficaz.
É importante lembrar que a insônia raramente é uma doença isolada. Ela pode ser sintoma de ansiedade, depressão, dor crônica, apneia do sono ou um efeito colateral de outro medicamento. O uso de um sedativo impede o diagnóstico correto dessas condições subjacentes.
Além disso, um médico do sono (ou psiquiatra/neurologista especializado) pode prescrever tratamentos baseados em evidências, como a Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (TCC-I), considerada o padrão-ouro e com resultados duradouros, ou medicamentos específicos ajustados ao perfil e à duração da insônia do paciente.
Como o Mais Alívio pode ajudar?
O Mais Alívio é um programa de suporte ao paciente que conta com diversas ferramentas para apoiar a sua jornada de tratamento. Pessoas com insônia podem usufruir de:
- Monitoramento da saúde: Acompanhamento dos sintomas, sua intensidade e diário de bordo para registro em ambiente seguro dos acontecimentos com o paciente.
- Programa de benefícios: Desconto na compra de medicamentos e serviços de saúde.
- Trilha de saúde: Orientações sobre sono, hidratação e hábitos saudáveis, para que você consiga manter bons hábitos e tenha mais qualidade de vida.
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