O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno neurológico que pode afetar a comunicação, a interação social e o comportamento. Embora não tenha cura, alguns tratamentos e medicamentos ajudam a melhorar a qualidade de vida de pessoas autistas.
Neste artigo, você se familiariza com as principais terapias e medicamentos e tira todas as suas dúvidas sobre a administração desses cuidados. Continue lendo para saber mais.
Quais são os tratamentos para autismo?
Quando falamos em transtornos neurológicos, como é o caso do autismo, é preciso considerar uma abordagem de tratamento multidisciplinar. Assim, podem ser necessárias diferentes terapias, além do uso de medicamentos específicos.
Terapias
O indivíduo autista pode precisar de terapias que auxiliem o seu desenvolvimento no que diz respeito ao comportamento, à comunicação e à realização de atividades cotidianas. Alguns exemplos comuns são:
- Terapia comportamental: Auxilia no desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e de comunicação, reduzindo a incidência de comportamentos desafiadores, como as crises de agressividade. As abordagens mais comuns são a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
- Terapia para comunicação e linguagem: Ajudam crianças com dificuldades na fala ou na compreensão da linguagem. Pode incluir a fonoaudiologia e o Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS), comum para pessoas não verbais.
- Terapia ocupacional: Desenvolve a autonomia e a adaptação a atividades cotidianas, trabalhando a coordenação motora, a independência e o processamento sensorial.
Tratamento medicamentoso
O uso de medicamentos no tratamento do autismo é indicado quando o indivíduo autista apresenta sintomas específicos, como agressividade, hiperatividade, ansiedade e distúrbios do sono. Nesse sentido, os fármacos contribuem para a melhora da qualidade de vida.
É importante manter em mente, no entanto, que os medicamentos não alteram o funcionamento neurológico da pessoa com TEA. Nesse sentido, não curam o autismo. Além disso, não substituem as demais terapias, que ainda devem ser adotadas, conforme a necessidade do indivíduo.
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Principais medicamentos usados no tratamento do autismo
Os medicamentos mais utilizados em pessoas com TEA atuam no controle de sintomas que podem prejudicar o desenvolvimento e a interação social. Alguns dos mais comuns são:
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- Antipsicóticos: Usados para controlar a irritabilidade e agressividade. As substâncias mais comuns são risperidona e aripiprazol. Seus efeitos colaterais comuns incluem ganho de peso, sonolência e alterações metabólicas.
- Psicoestimulantes: Indicados para sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em autistas, uma comorbidade comum, de acordo com estudos na área. Em geral, é usado o metilfenidato. Os efeitos colaterais incluem insônia, perda de apetite e ansiedade.
- Antidepressivos e ansiolíticos: Usados no tratamento da ansiedade, comportamentos obsessivos e depressão. Pesquisas apontam que sintomas de depressão são observados em até 50% dos indivíduos autistas ao longo da vida. As substâncias mais comuns para o tratamento são fluoxetina e sertralina.
- Estabilizadores de humor: Indicados em casos de agressividade e mudanças bruscas de humor. O uso mais comum é o do valproato de sódio, também usado para crises epilépticas. No entanto, ele requer monitoramento de funções hepáticas e pode causar ganho de peso.
- Medicações para o sono: Ajudam a regular o ciclo do sono e, em alguns casos, a melhorar o padrão de sono, reduzindo a hiperatividade. Em geral, são usadas a melatonina e a clonidina.
O uso de uma ou mais substâncias deve ser sempre acompanhado por um médico — neurologista, psiquiatra ou pediatra especializado. Além disso, a decisão de iniciar a medicação para o autismo deve levar em consideração a interferência dos sintomas no aprendizado, na socialização e na qualidade de vida da pessoa diagnosticada.
Apoio na gestão do tratamento medicamentoso para autismo
Pessoas diagnosticadas com o transtorno do espectro autista e que já fazem uso de medicações podem contar com o suporte do Mais Alívio na gestão do tratamento. Ao baixar o aplicativo gratuito, você passa a ter acesso a benefícios como:
- Gerenciamento da medicação: Lembretes de doses, informações sobre medicamentos e acompanhamento da adesão ao tratamento, reduzindo as chances de interrupção do tratamento medicamentoso.
- Monitoramento da saúde: Acompanhamento dos sintomas, sua intensidade e diário de bordo para registro em ambiente seguro dos acontecimentos com o paciente. Esses registros podem ser compartilhados com os profissionais de saúde, auxiliando a tomada de decisão médica.
- Conteúdo informativo e confiável: Artigos, vídeos e materiais educativos sobre o seu diagnóstico, aumentando a informação e a segurança ao longo do tratamento.
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