A jornada de quem está passando por um tratamento oncológico frequentemente envolve desconfortos intensos causados tanto pela condição de saúde quanto pelas terapias convencionais (quimioterapia, radioterapia). Por isso, a busca por recursos que melhorem a qualidade de vida é constante.
Neste cenário, a Cannabis medicinal tem se destacado não como uma cura, mas como um poderoso apoio complementar. O seu objetivo principal é aliviar os sintomas debilitantes, permitindo que a pessoa mantenha sua energia e bem-estar durante o processo.
A Cannabis medicinal como terapia de suporte
É crucial esclarecer: o uso da Cannabis no tratamento oncológico é, primariamente, focado no manejo dos desconfortos associados, e não em substituir os tratamentos tradicionais contra o tumor.
Os canabinoides (como o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD)) interagem com o sistema endocanabinoide do nosso corpo, que regula funções vitais como dor, apetite, humor e náuseas. Essa interação gera um leque de benefícios que podem fazer uma grande diferença na rotina, como:
- Melhora da náusea e vômitos induzidos pela quimioterapia;
- Maior controle da dor crônica e neuropática;
- Estímulo do apetite e redução da perda de peso;
- Melhora da qualidade do sono e redução da ansiedade.
Quando o uso da Cannabis em pacientes oncológicos requer cautela?
Embora os benefícios sejam notáveis, a Cannabis medicinal não é completamente isenta de riscos e exige uma avaliação médica rigorosa, sobretudo para pessoas em tratamento oncológico. Os principais pontos de atenção são:
1. Interação medicamentosa
Muitos canabinoides, principalmente o CBD, são metabolizados no fígado pelas enzimas do sistema Citocromo P450. Muitos medicamentos quimioterápicos e hormonais usados no tratamento oncológico também são processados por essas mesmas enzimas.
Assim, o uso da Cannabis pode causar interação medicamentosa e inibir ou acelerar o metabolismo de outros medicamentos, potencialmente aumentando a toxicidade do quimioterápico (se a concentração no sangue subir demais) ou diminuindo sua eficácia (se a concentração no sangue cair).
O profissional de saúde que acompanha o tratamento deve sempre ser consultado para garantir que a combinação seja segura e eficaz.
2. Condições de saúde pré-existentes
O uso de produtos ricos em THC exige cautela em pessoas com certas condições, como:
- Condições relacionadas à saúde mental: Pessoas com histórico de transtornos psicóticos, como esquizofrenia, podem ter os sintomas agravados pelo THC.
- Problemas cardíacos: O THC pode, em altas doses, causar taquicardia (aumento da frequência cardíaca) e alterações na pressão, o que exige acompanhamento em pessoas com pré-disposição a problemas cardiovasculares.
3. Efeitos colaterais comuns
Embora não sejam contraindicações absolutas, alguns efeitos adversos da Cannabis devem ser monitorados, principalmente com produtos que contenham THC: tontura, sedação, boca seca e alterações cognitivas leves.
Como o Mais Alívio pode ajudar?
O Mais Alívio é um programa de suporte ao paciente que tem como principal objetivo acompanhar a sua jornada de tratamento. Pessoas que estão passando pelo tratamento oncológico podem contar com benefícios como:
- Gerenciamento da medicação: Lembretes de doses, informações sobre medicamentos e acompanhamento da adesão ao tratamento.
- Monitoramento da saúde: Acompanhamento dos sintomas, sua intensidade e diário de bordo para registro em ambiente seguro dos acontecimentos com o paciente.
- Agenda de saúde: Cadastre consultas, exames e compras de medicamentos, reduzindo esquecimentos e garantindo que você siga o tratamento corretamente.
- Caixa de remédios: Visualize todos os medicamentos em uso e seu estoque, assim como análise de interação medicamentosa. Assim, você tem mais segurança e menos chances de administrar algum medicamento de forma incorreta.
Para saber mais, baixe o nosso aplicativo de forma totalmente gratuita e comece a sua jornada de cuidado agora!