Navegação de Pacientes: como facilitar e melhorar a adesão ao tratamento

Receber o diagnóstico de uma doença ou transtorno que exige um tratamento contínuo pode ser um momento desafiador, trazendo dúvidas e inseguranças. Muitos pacientes enfrentam barreiras no acesso ao tratamento adequado, e a falta de suporte pode levar ao abandono da terapia.

Nesse cenário, a navegação de paciente funciona como uma ferramenta facilitadora para que pessoas diagnosticadas possam ter acesso ao tratamento adequado, diminuindo as taxas de abandono.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que menos de 50% dos pacientes com doenças crônicas — aqueles em tratamentos de longo período — seguem suas prescrições corretamente em 80% do tempo. Um dos motivos que torna a navegação tão importante para esses pacientes.

 

O que é navegação de paciente?

A navegação de paciente é uma estratégia centrada no paciente que engloba todos os aspectos envolvidos no cuidado — inclusive os burocráticos. O seu principal objetivo é apoiar, de forma integral, a jornada do paciente, eliminando as barreiras para o diagnóstico e o tratamento.

O primeiro programa de navegação de pacientes surgiu em 1990, nos Estados Unidos, com o objetivo de auxiliar pacientes oncológicos que enfrentassem barreiras socioeconômicas ou raciais para aderir ao tratamento. Com o avanço das pesquisas, porém, esta se tornou uma ferramenta aplicável em outros cenários, além de mais abrangente. 

Atualmente, a navegação de paciente pode ser entendida como uma forma de integrar processos assistenciais e administrativos. Ou seja: ajuda a guiar o paciente através do sistema de saúde, esclarecendo dúvidas e auxiliando o acesso a exames diagnósticos e terapias.

Esse processo é respaldado pela Lei nº 14.758, de dezembro de 2023, que institui o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer. Vale pontuar, contudo, que a navegação pode — e deve — ser aplicada em outros contextos além do diagnóstico oncológico.

 

Quais são os princípios da navegação de pacientes?

Harold Freeman — criador do primeiro programa de navegação de pacientes — definiu nove princípios básicos para a aplicação dessa estratégia. São eles:

  • A adoção de um modelo focado no paciente: O foco da navegação é auxiliar o acesso do paciente a determinados cuidados. Por isso, devem ser levados em consideração elementos como o seu contexto e a sua região. 
  • Integração do sistema de atendimento: O atendimento ao paciente não pode ser realizado de maneira fragmentada, mas sim a partir de um fluxo contínuo.
  • Eliminação de barreiras na jornada do paciente: É função da navegação eliminar eventuais dificuldades que impeçam o acesso ao tratamento pelo paciente. Para isso, o navegador e o paciente devem ter uma relação harmoniosa. 
  • Definição clara da prática: A navegação de paciente deve ter um escopo claro, que delimite as atuações do navegador e de outros profissionais.
  • Custo-efetividade: A navegação deve ser uma prática economicamente acessível ao paciente. Além disso, o navegador deve ser capaz de auxiliá-lo durante uma fase específica do cuidado.
  • Definição de início e fim: A navegação de pacientes deve começar em um ponto específico do tratamento, mas também precisa se encerrar.
  • Navegação entre sistemas desconectados: É papel do navegador auxiliar o paciente mesmo em níveis descontectados do tratamento, como os de atenção primária, secundária e terciária.
  • Coordenação da navegação: A navegação deve ser coordenada por um gestor responsável. A sua função é gerenciar o sistema de navegação, e não os navegadores em si.

 

Com base nesses princípios, entende-se que a navegação de pacientes sempre os terá como peças centrais. Além disso, as ações serão pensadas para promover um tratamento integrado e fluído, o que impede o abandono do tratamento.

 

Importância e impacto no tratamento

A navegação de pacientes é uma importante estratégia para a manutenção do tratamento, uma vez que melhora o entendimento do paciente sobre o seu plano de cuidado, reduzindo sintomas de estresse e ansiedade. 

Embora seja mais conhecida a partir do diagnóstico oncológico, a navegação tem outras aplicabilidades, e inclui:

  • A ajuda na organização de documentos, diagnósticos, exames etc.;
  • O apoio para que as necessidades do paciente sejam atendidas;
  • O suporte às consultas e exames, tirando dúvidas e investigando se os processos foram feitos da maneira adequada;
  • A manutenção e atualização do histórico e dados de saúde do paciente;
  • A criação de uma ponte entre o paciente e o hospital. 

 

Desse modo, podemos citar como principais benefícios:

  • A facilidade no acesso ao diagnóstico e ao tratamento;
  • O acompanhamento humanizado do paciente;
  • O atendimento multidisciplinar;
  • A diminuição do tempo de espera para consultas ou resultados de exames;
  • A menor sobrecarga emocional.

 

A relevância da navegação de pacientes para cuidadores

Quando falamos sobre navegação, importa pontuar, ainda, que ela também é uma ferramenta que impacta positivamente os cuidadores familiares de pacientes oncológicos ou com doenças crônicas. Afinal, oferece suporte para os pacientes, servindo como uma ajuda “extra” durante o tratamento.

Um estudo com cuidadores familiares de pacientes oncológicos mostrou que 27,1% não recebe nenhuma ajuda, sendo, em geral, os principais responsáveis pelo tratamento. Essa sobrecarga impacta negativamente a qualidade de vida, uma vez que o cuidador, em geral, também é afetado emocionalmente pelo diagnóstico.

Outra pesquisa observou que a sobrecarga dos cuidadores pode levar ao seu adoecimento. Desse modo, a existência de uma ferramenta segura e confiável é uma maneira de garantir o bem-estar geral dos envolvidos. 

 

Conheça o Mais Alívio

O Mais Alívio é um aplicativo de saúde digital pensado para transformar a jornada de cuidado de pacientes e profissionais de saúde. Além de seguir conceitos da farmacoeconomia para proporcionar um bem-estar duradouro, também funciona como um aliado intuitivo, que auxilia na otimização dos tratamentos.

O nosso serviço de navegação de pacientes faz parte de um programa de suporte ao pacientes que vai além das práticas comuns de navegação, oferecendo suporte nos principais desafios a adesão ao tratamento – falta de orientação e custo dos medicamentos.

Nosso programa é pensado para cuidadores e pessoas diagnosticadas com condições como autismo, epilepsia, ansiedade, dor cronica e Alzheimer, ou que fazem o uso medicinal de produtos à base de cannabis. 

Ao baixar o aplicativo, você encontra funcionalidades como:

  • Gerenciamento da medicação: lembretes de doses, informações sobre medicamentos e acompanhamento da adesão ao tratamento.
  • Monitoramento da saúde: acompanhamento dos sintomas, sua intensidade e diário de bordo para registro em ambiente seguro dos acontecimentos com o paciente.
  • Conteúdo informativo e confiável: artigos, vídeos e materiais educativos sobre o seu diagnóstico.
  • Programa de benefícios: desconto na compra de medicamentos e serviços de saúde.

 

Baixe o nosso aplicativo e tenha o suporte de que você precisa na palma da mão. Se você tiver dúvidas, entre em contato com a nossa equipe:

  • E-mail: acolhimento@maisalivio.com
  • WhatsApp: (31) 99073-3933

 

E lembre-se: o suporte especializado durante o tratamento faz com que pacientes e familiares possam atravessá-lo com mais confiança e segurança. Ao contar com o Mais Alívio, você recebe todo o suporte necessário para prosseguir com o tratamento sem medo.

 

Fontes:

https://www.fhemig.mg.gov.br/files/3082/Manuais/33278/Manual-de-Navegac%CC%A7a%CC%83o-do-Paciente.pdf