O transtorno do espectro autista (TEA) é um transtorno de desenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Ele pode se manifestar de diferentes maneiras (níveis 1, 2 e 3, de acordo com o DSM-5) e não tem cura, sendo necessária a adoção de terapias e, em alguns casos, medicação.
Embora a sua causa não seja t otalmente conhecida, sabe-se que a genética é um fator de risco importante. Além disso, diferentes estudos vêm apontando uma possível relação entre baixos níveis de vitaminas específicas, como a vitamina D e o ácido fólico, e o desenvolvimento do autismo.
A seguir, você entende melhor qual é a relação entre o TEA e essas vitaminas, e o que dizem as pesquisas científicas sobre uma possível prevenção.
Vitamina D e autismo: qual a relação?
Pesquisas recentes apontam que a vitamina D tem um papel importante no funcionamento do cérebro, sugerindo que ela pode atuar como uma substância neuroprotetora. Desse modo, a sua deficiência, sobretudo em gestantes e crianças nos primeiros anos de vida, contribuiria para que transtornos neuropsiquiátricos se estabelecessem — o que inclui o autismo.
Importante mencionar, contudo, que o impacto positivo da vitamina D não é sugerido apenas em pessoas com autismo. Pesquisas sugerem que níveis mais altos dessa vitamina também contribuem com o Parkinson, a esquizofrenia, a demência, a depressão, a epilepsia e a esclerose múltipla.
Baixos níveis de vitamina C causam autismo?
Não necessariamente. O que os estudos sugerem é que um baixo nível de vitamina C em pessoas gestantes, durante a gravidez, e em crianças, durante os primeiros anos de vida, pode ser um risco ao neurodesenvolvimento. Esse risco, por sua vez, pode estar relacionado a um fator de risco para o desenvolvimento do TEA.
Ou seja: é recomendado aumentar os níveis de vitamina C em gestantes e crianças pequenas que apresentem deficiência, mas isso não significa que toda pessoa com baixa vitamina C terá filhos autistas.
Além disso, é fundamental manter em mente que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerado uma condição multifatorial, o que significa que não há uma única causa específica responsável pelo seu desenvolvimento.
Leia também: Tratamento medicamentoso no autismo: quando iniciar e o que levar em consideração
Ácido fólico e autismo: entenda a associação
O ácido fólico, popularmente conhecido como vitamina B9, é uma vitamina importante para o crescimento e desenvolvimento celular, atuando na produção de hemácias (glóbulos vermelhos), na síntese de DNA e na manutenção da função cognitiva.
A deficiência de ácido fólico pode causar casos graves de anemia. Em gestantes, ela pode resultar em defeitos congênitos da medula espinhal ou do cérebro do bebê. Daí a hipótese, assumida em alguns estudos, de que níveis mais baixos de ácido fólico em gestantes podem ser um fator de risco para o desenvolvimento do transtorno do espectro autista em crianças.
Nesse sentido, pesquisas demonstram que a suplementação com ácido fólico pode influenciar positivamente alguns sintomas do autismo, como a sociabilidade, a expressão afetiva e a comunicação.
Além disso, alguns estudos também sugerem que a suplementação antes da concepção e durante a gestação, nas doses recomendadas e quando há deficiência, pode estar associada a um menor risco de TEA na prole. Ainda assim, os estudos não são totalmente conclusivos, destacando a necessidade de novas pesquisas sobre o tema.
Causas do autismo
Entender esses aspectos e riscos é importante, mas precisamos lembrar que as causas do autismo ainda não são completamente compreendidas. Os estudos apontam para uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Uma pesquisa do JAMA Psychiatry (2019) determinou que o componente genético desempenha um papel majoritário, contribuindo com aproximadamente 97% do risco de manifestação do transtorno.
Portanto, viver sob o medo de que qualquer coisa que se faça ou coma possa contribuir para o desenvolvimento do transtorno não é saudável para as gestantes. É importante saber que, com o acompanhamento médico durante a gravidez, o próprio profissional poderá identificar e sinalizar qualquer fator que represente risco à saúde da mãe e do bebê.
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