A fibromialgia é uma síndrome clínica que se manifesta a partir da sensação de dor em todo o corpo, sobretudo na musculatura. É bastante comum, com mais de 2 milhões de casos diagnosticados por ano no Brasil, mas o seu diagnóstico e tratamento exigem atenção.
O que é a fibromialgia?
A fibromialgia é uma síndrome clínica não articular e não inflamatória, caracterizada pela dor generalizada e, em alguns casos, intensa. As dores podem ter duração superior a três meses, sumindo e voltando de acordo com gatilhos específicos, como estresse, desenvolvimento de outras doenças ou traumas.
Com frequência, a fibromialgia é referida como uma “síndrome de somatização”, e há alguns anos as discussões estavam centradas em descobrir se a dor sentida pelo paciente era real ou não.
No entanto, estudos desde 1980 comprovam que trata-se de uma doença crônica, causada por um mecanismo de sensibilização do sistema nervoso central à dor. Ou seja: não só a dor é real, ela pode ser observada a partir do funcionamento do cérebro.
A fibromialgia também é uma doença que atinge principalmente mulheres: o número de casos nesta população é 7 vezes maior do que na população masculina — o que pode dificultar o diagnóstico em homens. Não raro, acomete também pessoas com outras doenças reumáticas sistêmicas, o que também interfere no diagnóstico e no tratamento.
Quais são os sintomas da fibromialgia?
O principal sintoma da fibromialgia é a sensação de dor em todo o corpo, sobretudo na musculatura. Além disso, também podem ser observados:
- Sintomas de fadiga recorrente;
- Sono não reparador, o que significa que a pessoa acorda com a sensação de que não conseguiu descansar;
- Alterações de memória e atenção;
- Sintomas de ansiedade e depressão;
- Alterações intestinais.
Uma importante característica da pessoa com fibromialgia é a sensibilidade ao toque, tanto pelo médico examinador quanto por outras pessoas, o que faz que pacientes evitem abraços e outras ações físicas. Isso acontece graças à sensibilização do sistema nervoso central à dor e pode impactar o cotidiano dessas pessoas.
Como é feito o diagnóstico de fibromialgia?
O diagnóstico da fibromialgia é clínico, ou seja, não são exigidos exames específicos que comprovem a existência da síndrome. A principal especialidade médica a ser consultada é a reumatologia, e o diagnóstico pode ser feito a partir do processo de eliminação de outras doenças reumatológicas.
Em geral, os critérios considerados para que se chegue à fibromialgia são a presença de dor por mais de três meses em todo o corpo e a presença de pontos dolorosos na musculatura. No último caso, o paciente deve apresentar dor em pelo menos 11 pontos dos 18 pré-estabelecidos.
Também é possível que o médico responsável pelo diagnóstico solicite exames de sangue. O objetivo, nesses casos, não é identificar a fibromialgia em si, mas eliminar outras causas para as dores apresentadas.
Quais são as principais causas da fibromialgia?
Não existe uma única causa conhecida para a fibromialgia, mas estudos recentes apontam que pacientes diagnosticados com essa síndrome apresentam maior sensibilidade à dor. Isso significa que os estímulos dolorosos são mais intensos graças a uma desregulação do sistema nervoso.
A fibromialgia também pode se manifestar depois de eventos graves ou traumáticos, sejam eles físicos ou psicológicos. O mais comum é que o quadro tenha início com uma dor localizada e crônica, que então se expande para o resto do corpo.
Qual é o tratamento da fibromialgia?
O tratamento da fibromialgia pode seguir duas estratégias: a medicamentosa e a integrativa.
No caso do tratamento medicamentoso, o objetivo é melhorar a dor do paciente e ajudá-lo a ter mais qualidade de vida, por exemplo a partir do controle do sono e do estresse. Por isso, costumam ser usados antidepressivos, analgésicos e anticonvulsivantes.
No caso das terapias integrativas, as pessoas diagnosticadas adotam estratégias que ajudam a reduzir a dor e o estresse. Alguns exemplos são a fisioterapia, a terapia ocupacional e mesmo a psicoterapia. Esse tipo de tratamento pode ser positivo para a fibromialgia pois auxilia o paciente a lidar com os gatilhos que geram as crises de dor.
As duas formas de tratamento podem ser adotadas de maneira simultânea, com o objetivo de promover uma maior qualidade de vida ao paciente.
A fibromialgia tem cura?
Não. A fibromialgia é uma dor crônica, mas pode não se manifestar se os gatilhos que aumentam a dor do paciente forem evitados. A diminuição do estresse, por exemplo, pode auxiliar na melhoria dos sintomas.
Ainda assim, a fibromialgia pode reaparecer a qualquer momento. Além disso, embora a sensação de dor constante diminua, os pacientes costumam sempre apresentar pelo menos um grau baixo dos sintomas.
Por isso, a opção por tratamentos de longo prazo e a mudança nos hábitos de vida dos pacientes pode ser benéfica.
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