O mundo enfrenta, hoje, uma crise de opioides que pode ser prejudicial à saúde dos pacientes que buscam tratamento para dores crônicas. Nesse cenário, a Cannabis medicinal aparece como uma alternativa viável.
Neste artigo, explicamos as principais diferenças entre a Cannabis medicinal e os opioides usados no tratamento de doenças crônicas. Além disso, fazemos um comparativo entre os principais efeitos adversos, para te ajudar a entender os riscos de cada tratamento.
O que são opioides?
Opioides são uma classe de medicamentos que atuam no sistema nervoso central. Eles imitam a ação de substâncias naturais do corpo — as chamadas endorfinas — que ajudam a reduzir a sensação de dor. Alguns exemplos comuns são a morfina, a codeína, o tramadol, o fentanil, entre outros.
Os usos clínicos podem variar, com essas substâncias sendo indicadas para o tratamento de dores agudas intensas, dores crônicas e até alívio de sintomas terminais. No entanto, os riscos também são altos e, muitas vezes, maiores que os benefícios: incluem o vício, o aumento recorrente da dose e outros sintomas que impactam a qualidade de vida em geral, como confusão mental, constipação e depressão.
Os potenciais riscos desse tipo de medicamentos fica ainda mais evidente quando observamos os Estados Unidos, que enfrentam a chamada “crise de opioides”, causada justamente pelo uso irrestrito dessas substâncias. Sem a devida prescrição e acompanhamento médicos, pacientes e profissionais da saúde que recorrem a essas alternativas podem desenvolver uma dependência fatal.
Nesse cenário, é a Cannabis medicinal que aparece como uma alternativa viável e segura. Afinal, cada vez mais, estudos mostram os seus potenciais efeitos terapêuticos no tratamento de doenças que, antes, eram tratadas com medicamentos considerados mais “pesados” e com efeitos adversos mais graves.
Quais são os compostos da Cannabis medicinal?
Os compostos presentes na Cannabis são substâncias químicas que atuam no sistema endocanabinoide, um dos responsáveis por regular funções como dor, sono, humor e apetite. Entram aqui o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC).
Além disso, o extrato de Cannabis conta com outros compostos, como terpenos e flavonoides. Estes possuem efeitos terapêuticos próprios, que auxiliam no tratamento de algumas condições de saúde ou sintomas.
Comparativo: Cannabis medicinal versus Opioides
Para melhor ilustrar as diferenças entre a Cannabis medicinal e os opioides tradicionais, elaboramos a tabela abaixo. Ela leva em consideração os efeitos adversos da Cannabis e de outros medicamentos, comparando-os em cada caso. Confira!
| Critério | Cannabis Medicinal | Opioides (ex: morfina, codeína, fentanil) |
| Efeitos adversos comuns | Sonolência, boca seca, tontura, euforia leve, aumento do apetite, alterações de humor | Náusea, vômitos, constipação, sonolência profunda, confusão mental |
| Risco de dependência | Baixo com CBD; moderado com THC em doses altas e uso prolongado | Alto, mesmo com uso controlado; grande potencial de abuso |
| Risco de overdose | Muito raro; doses altas podem causar mal-estar, mas não morte | Alto risco; overdose pode causar parada respiratória e morte |
| Tolerância (perda de efeito com o tempo) | Baixa com CBD; possível com THC em uso contínuo | Alta; exige aumento progressivo da dose |
| Sintomas de abstinência | Leves: irritabilidade, insônia, alteração no apetite – mais comuns com THC | Intensos: ansiedade, sudorese, dores musculares, vômitos |
| Impacto cognitivo a longo prazo | Pouco evidenciado em terapias com CBD; o THC pode afetar memória em altas doses e uso prolongado | Comprometimento cognitivo, sonolência persistente, lentidão |
| Efeitos em crianças/autismo/epilepsia | CBD tem se mostrado promissor com bons resultados e perfil seguro | Opioides têm uso restrito; riscos superam benefícios em muitos casos |
| Efeitos psiquiátricos | THC pode causar ansiedade/paranoia em indivíduos sensíveis | Pode causar depressão, alterações de humor, e sedação intensa |
Como escolher entre a Cannabis medicinal e os opioides?
Essa escolha deve ser feita em conjunto com um profissional de saúde que conheça o seu caso e avalie não só a sua situação de saúde, mas o seu histórico médico e as suas necessidades individuais. Afinal, nem todas as pessoas se adaptarão bem ao uso da Cannabis medicinal, da mesma forma que nem todas deverão usar opioides.
Lembre-se, no entanto, que qualquer uma dessas opções deve ser receitada por um médico e acompanhada de perto. Assim, é possível fazer ajustes na dose sempre que necessário, além de contornar efeitos colaterais incapacitantes.
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