O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta a partir da deterioração cognitiva e da memória. Os tratamentos farmacológicos disponíveis hoje são utilizados na busca de conter o avanço da doença, atuando principalmente na redução dos sintomas da demência e melhora da qualidade de vida.
Nesse cenário, o uso medicinal da Cannabis vem se destacando em diferentes pesquisas científicas por seu potencial neuroprotetor, antioxidante e anti-inflamatório. Ou seja: apresenta potenciais terapêuticos na fisiopatologia do Alzheimer.
Tratamentos tradicionais para Alzheimer
Atualmente, o principal tratamento medicamentoso para o Alzheimer é feito a partir dos inibidores das colinesterases. Essas substâncias atuam nas sinapses entre os neurônios, melhorando a comunicação entre as células nervosas, o que pode estabilizar e retardar, temporariamente, os sintomas da demência.
A resposta dos pacientes, no entanto, pode variar muito. Além disso, questões como interações medicamentosas e a busca por tratamentos mais naturais e eficazes têm feito com que pesquisas sejam cada vez mais realizadas para identificar como promover uma melhora efetiva no avanço da doença.
Nessa busca, surgem as pesquisas para entender o potencial terapêutico da Cannabis no tratamento do Alzheimer.
Tratamentos para Alzheimer à base de Cannabis
A importância de novos tratamentos para o Alzheimer está intimamente ligada ao aumento de casos. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, são 1,2 milhão de pessoas diagnosticadas, e 100 mil novos casos por ano.
Apesar dos tratamentos atuais auxiliarem a conter o avanço da doença, a análise de outras substâncias para o tratamento do Alzheimer, entre elas o uso medicinal da Cannabis, possibilita a investigação de tratamentos alternativos que podem trazer mais efetividade para tratar as pessoas diagnosticadas com a doença.
O canabidiol (CBD), um dos compostos ativos da Cannabis, está sendo estudado por sua capacidade de promover a regeneração neural e melhorar processos como a neurogênese — formação de novos neurônios, especialmente no hipocampo, área fundamental para a memória. Isso poderia ajudar a retardar o processo neurodegenerativo associado ao Alzheimer.
Ainda assim, é importante ressaltar que o tratamento do Alzheimer deve ser multidisciplinar. Desse modo, para além do tratamento farmacológico — em geral dividido em diferentes etapas, a depender do nível da doença —, é fundamental que pacientes diagnosticados procurem terapias diversas.
Evidências científicas do uso dos canabinóides no tratamento de Alzheimer
São inúmeros os estudos que buscam investigar os impactos de diferentes canabinoides — sobretudo o canabidiol — no tratamento de Alzheimer e de outros tipos de demência.
Uma pesquisa do Salk Institute for Biological Studies, por exemplo, investigou a eficácia de diferentes canabinoides não psicoativos como potenciais agentes neuroprotetores para a doença de Alzheimer. Os resultados observaram que, dos 11 canabinoides testados, 9 mostraram capacidade para proteger as células cerebrais em diferentes tipos de ensaios de neurodegeneração. Além disso, a combinação de canabinoides, como o THC e o CBN, tiveram um efeito neuroprotetor maior do que a soma das substâncias usadas individualmente.
Já os estudos conduzidos por pesquisadores de neurociência da Western Sydney University e da Neuroscience Research Australia observaram que o canabidiol (CBD) reduziu significativamente a resposta inflamatória em camundongos com manipulações genéticas que simulavam os sintomas de Alzheimer.
Além disso, o CBD promoveu o crescimento de neurônios (neurogênese), melhorando a integridade dos neurônios do hipocampo. O tratamento com CBD também foi capaz de reverter déficits de memória. Nesse sentido, a substância é promissora para o tratamento de diferentes aspectos do Alzheimer.
Outros canabinoides também vêm sendo usados em pesquisas sobre sintomas neuropsiquiátricos de pacientes com demência. Uma revisão sistemática realizada com estudos conduzidos na América do Norte e na Europa observou que os canabinoides melhoram sintomas de agitação e o comportamento noturno, sendo bem tolerados entre os pacientes.
Benefícios da Cannabis para pacientes com Alzheimer
Os principais benefícios observados nos estudos que investigam o uso medicinal da Cannabis no tratamento de pacientes com Alzheimer são:
- A redução da inflamação e o estresse oxidativo no cérebro, que estão associados à progressão da doença, contribuindo para a proteção das células cerebrais (em pesquisas pré-clínicas);
- O efeito neuroprotetor nas células nervosas, reduzindo o impacto dos processos que levam à neurodegeneração (em pesquisas pré-clínicas);
- A melhora em sintomas comportamentais, como a agitação, insônia e agressividade.
Tratamento de Alzheimer com Cannabis no Brasil
O Brasil é um dos países que permite o uso medicinal da Cannabis sativa! Graças à regulamentação da ANVISA, por meio da RDC 327, produtos à base de Cannabis já podem ser encontrados nas farmácias do país para contribuir no tratamento de várias condições, incluindo o Alzheimer. Para adquiri-los, é necessária a prescrição médica com receituário especial (azul ou amarelo), dependendo da concentração do produto.
Essa regulamentação trouxe uma grande facilidade para as famílias que, antes, precisavam importar esses produtos. A importação, além de aumentar significativamente o custo total do tratamento, gera preocupações em relação à qualidade e ao processo de fabricação. Já os produtos disponíveis nas farmácias brasileiras passam por rigorosa validação da ANVISA, o que garante a segurança e a qualidade desses medicamentos.
No Brasil, em alguns estados como São Paulo e Sergipe, o Sistema Único de Saúde (SUS) já inclui a dispensação de produtos à base de Cannabis para o tratamento de algumas condições, como epilepsias de difícil controle e transtorno do espectro autista.
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