Autismo: causas, sintomas, tratamentos e tudo sobre o espectro

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou simplesmente Autismo, não é uma doença, mas sim um um transtorno do neurodesenvolvimento que influencia a forma como o cérebro funciona. Identificável ainda na infância, o espectro autista é caracterizado por dificuldade ou atraso na comunicação, questões sensoriais (síndrome sensorial), interação social e comportamentos restritos e repetitivos (estereotipias).

Desvendando o Espectro:

O TEA se manifesta de maneiras diferentes e individuais em cada indivíduo, o que torna cada pessoa autista única. Por isso, o termo “espectro” é utilizado para abranger essa diversidade de características e necessidades. O DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças) definem três níveis de suporte para o TEA, sendo eles níveis 1, 2 ou 3 (leve, moderado e severo como popularmente são conhecidos). Entenda cada um deles:

  • Nível 1 (Suporte Leve): indivíduos com esse nível geralmente apresentam comunicação e interação social eficazes, mas podem ter dificuldades em situações sociais complexas.
  • Nível 2 (Suporte Moderado): nestes casos, a comunicação e interação social são mais desafiadoras, exigindo suporte em diversas áreas da vida.
  • Nível 3 (Suporte Severo): pessoas com esse nível apresentam necessidades de suporte muito significativas em todas as áreas da comunicação, interação social e comportamentos.

O que causa o autismo?

O autismo é um transtorno complexo, influenciado por uma interação entre fatores genéticos e ambientais. De acordo com uma pesquisa do JAMA Psychiatry (2019), o componente genético desempenha um papel marjoritario, contribuindo com aproximadamente 97% do risco do autismo, com uma herdabilidade estimada em 81%. Isso deixa apenas 1% a 3% atribuído aos fatores ambientais.

Quanto aos fatores genéticos, embora sejam essenciais, a identificação dos genes específicos associados ao autismo ainda é desafiadora. Estudos mostraram que o transtorno não resulta de alterações em um único gene, mas sim de uma complexa interação de modificações em uma ampla gama de genes, com cerca de 800 já associados ao autismo.

No que diz respeito aos fatores ambientais, a pesquisa do JAMA Psychiatry destaca a possível influência de agentes intrauterinos durante a gestação, como exposição a drogas, infecções e traumas, no desenvolvimento do autismo. No entanto, a compreensão completa das causas ambientais ainda requer estudos adicionais e aprofundados.

 

Quebrando mitos e construindo pontes

Ao longo dos anos, muitos mitos e crenças infundadas se formaram em torno do TEA. É fundamental combater esses equívocos para promover a inclusão e o respeito à diversidade. Alguns dos principais mitos a serem desconstruídos:

  • Vacinas causam autismo: Falso! Diversos estudos científicos comprovam que não há relação entre vacinas e o desenvolvimento do TEA.
  • Autistas são geniais: Essa generalização não é verdadeira. Cada indivíduo no espectro possui habilidades e talentos únicos, que podem ou não estar relacionados à inteligência convencional. Essa “genialidade” muitas vezes é relacionada ao hiperfoco que alguns autistas podem desenvolver, o que faz com eles entendam muito sobre aquele assunto que têm interesse.
  • Autistas não demonstram afeto: Mito! Pessoas com TEA podem expressar amor e carinho de diversas maneiras, ainda que sua forma de comunicação seja diferente.

 

Sinais de autismo: saiba como identificar

Os sinais do TEA podem variar de acordo com o indivíduo e o nível de suporte. No entanto, alguns fatores em comum podem ser observados o que pode auxiliar na identificação dos sinais de autismo:

  • Dificuldade na comunicação verbal e não verbal: Dificuldade em iniciar e manter conversas, entender linguagem figurada, falta de contato visual e expressões faciais limitadas.
  • Comportamentos repetitivos e restritos: Rotinas rígidas, movimentos repetitivos (estereotipias), interesses focados em temas específicos e resistência a mudanças.
  • Dificuldades na interação social: Dificuldade em entender e responder às emoções dos outros, falta de interesse em brincadeiras em grupo e preferência por atividades solitárias.

 

 

O Diagnóstico: Uma Jornada Individualizada:

O diagnóstico do TEA é um processo individualizado que envolve diversos profissionais, como psicólogos, psiquiatras, neurologistas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Não existe um único teste para diagnosticar o autismo, e a avaliação se baseia em observações, entrevistas com pais e educadores, além de análises comportamentais. Os critérios do diagnóstico para o autismo são estabelecidos pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), onde os profissionais utilizam para identificação dos sinais e classificação do nível de suporte.

 

Tratamentos para o autismo

O autismo não tem cura, mas diversos tratamentos podem auxiliar no desenvolvimento das habilidades e na superação dos desafios enfrentados por cada indivíduo. Terapias comportamentais, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicoterapia são algumas das principais opções de tratamento disponíveis. A medicação também pode ser utilizada em alguns casos para controlar sintomas específicos.

 

Celebrando a diversidade e inclusão

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, é um momento para celebrar a neurodiversidade e promover a inclusão social. É importante lembrar que cada pessoa com TEA é única e possui um potencial imenso.

Aqui no Mais Alívio, acreditamos que a informação liberta, o cuidado acolhe e o apoio pode transformar vidas. Por isso, durante este mês de conscientização, traremos conteúdos e profissionais para fornecer informações e esclarecimentos sobre o autismo e como podemos construir uma sociedade mais inclusiva. Fique de olho aqui nas redes sociais e compartilhe este post se você apoia a causa e quer fazer parte dessa celebração.

 

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Conclusão

O Transtorno do Espectro Autista é um espectro de possibilidades, onde cada indivíduo possui características e necessidades únicas. É fundamental combater mitos e preconceitos, celebrar a neurodiversidade e construir uma sociedade mais inclusiva para todos. O Mais Alívio se coloca como um aliado na jornada de cuidado de pessoas com TEA, oferecendo suporte, informação e esperança para um futuro mais promissor.

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