A fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada principalmente pela dor musculoesquelética generalizada, que pode estar associada a distúrbios do sono, alterações cognitivas e sintomas de ansiedade e depressão. A adesão ao tratamento tem como objetivo a melhora da qualidade de vida, mas a sua interrupção pode acarretar riscos para a pessoa diagnosticada.
Quais são os principais desafios da adesão ao tratamento da fibromialgia?
Pessoas diagnosticadas com fibromialgia atravessam um longo e difícil processo de aceitação do diagnóstico e do que ele representa para suas vidas. Diante de uma síndrome incurável e que causa dores recorrentes e intensas, pode ser difícil encontrar motivação para iniciar o tratamento.
A fibromialgia é uma síndrome de tratamento multidisciplinar, que exige que o paciente adote diferentes técnicas terapêuticas, dietéticas e mesmo medicamentosas. Essa condição também contribui para que algumas pessoas não busquem o tratamento, partindo da suposição de que ele será muito complexo e trará poucos benefícios, uma vez que a doença não tem cura.
Mesmo nos casos em que a pessoa diagnosticada aceita iniciar os tratamentos, é função do médico informar que os remédios disponíveis hoje não são 100% eficazes no tratamento da síndrome e no manejo dos sintomas. O fato de terem um nível limitado de atuação também pode fazer com que o paciente se sinta desanimado em dar continuidade ao tratamento.
Para além da adesão ao tratamento medicamentoso, pacientes diagnosticados com fibromialgia também precisam adotar uma rotina de exercícios físicos. Isso acontece porque, a longo prazo, essa prática ajuda a reduzir a dor, melhorar a função física e aumentar a disposição geral. No entanto, em um primeiro momento, os exercícios podem aumentar a sensação de dor, fazendo com que o paciente abandone o tratamento.
Por fim, os custos para o tratamento da fibromialgia também podem levar pacientes a não continuar as terapias ou a medicação. Em um cenário em que a pessoa diagnosticada não pode arcar com todos os custos, ela pode optar por aquele que a faz sentir melhor em menos tempo, deixando de lado o caráter multidisciplinar do tratamento. Há cenários, porém, em que, mesmo podendo custear as terapias, os pacientes se sentem desmotivados graças à persistência dos sintomas.
Quais são as consequências de não tratar a fibromialgia?
A adesão ao tratamento da fibromialgia tem como principal objetivo a diminuição de sintomas psíquicos (como os de ansiedade e depressão), a melhora do sono, o fortalecimento do corpo e uma melhora da qualidade de vida da pessoa diagnosticada. Por isso, a não adesão ao tratamento pode significar uma piora do quadro geral do paciente.
Estudos de longa duração observam que a fibromialgia, quando não tratada, pode comprometer a qualidade de vida graças a uma piora da sensação de dor. Além disso, está associada a quadros mais graves de alteração psicológica, o que também intensifica a sensação geral de dor — o que caracteriza o aspecto cíclico da doença.
Essas alterações psicológicas, além de prejudicarem o dia a dia da pessoa diagnosticada, podem levar os pacientes ao suicídio. Nesse sentido, embora não seja uma doença fatal, a fibromialgia não deixa de ser considerada perigosa, sobretudo para pacientes que interrompem o tratamento, isto é, que experimentam uma leve melhora e depois voltam a sentir mais dor.
Por fim, a não adesão ou o abandono do tratamento também pode representar uma maior discordância entre médico e paciente sobre o estado de saúde do paciente. Isso significa que, mais tarde, pode ser mais fácil encontrar a dosagem certa de medicação, recomendar terapias e ajustar a dieta, prejudicando o tratamento como um todo.
Quais os riscos de interromper o tratamento?
Os principais riscos de interrupção do tratamento da fibromialgia estão associados a uma maior sensação de piora, já que o paciente pode já ter apresentado melhora nos sintomas, ainda que baixa. Nesse cenário, voltar a lidar com as dores mais intensas pode afetar negativamente a saúde mental do paciente e prejudicar o andamento do tratamento.
Outro risco é a complicação da doença, que pode tem como consequências:
- maiores chances de hospitalização;
- piora da qualidade de vida;
- maior risco de índices elevados de depressão;
- maior risco de suicídio;
- maior risco de desenvolver outras condições reumáticas, como artrite reumatoide, osteoartrite e lúpus.
Depois de interromper o tratamento da fibromialgia, retomá-lo também pode ser mais difícil, uma vez que o paciente pode precisar de doses mais altas de medicação e mais apoio psicológico e físico. Assim, a pessoa diagnosticada pode postergar esse retorno, submetendo-se a um quadro cada vez mais complexo.
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- Gerenciamento da medicação: lembretes de doses, informações sobre medicamentos e acompanhamento da adesão ao tratamento.
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