Conheça os riscos da interrupção do tratamento medicamentoso

Depois de iniciado o tratamento medicamentoso, a pessoa diagnosticada com frequência apresenta uma melhora significativa nos sintomas. No entanto, a nova sensação de bem-estar pode fazer com que o cuidado com o tratamento diminua, levando à sua interrupção indevida e…

Depois de iniciado o tratamento medicamentoso, a pessoa diagnosticada com frequência apresenta uma melhora significativa nos sintomas. No entanto, a nova sensação de bem-estar pode fazer com que o cuidado com o tratamento diminua, levando à sua interrupção indevida e gerando riscos à saúde.

Causas para o abandono dos tratamentos medicamentosos

O início do tratamento medicamentoso é marcado pela melhora dos sintomas iniciais, gerando uma falsa sensação de “problema resolvido” e que leva pacientes a abandonarem os cuidados médicos. 

No entanto, também podem contribuir para a interrupção do uso de medicação:

  • Dificuldades para aceitar o diagnóstico: No caso de doenças sem cura, como a fibromialgia, pacientes podem assumir que a adesão ao tratamento é dispensável, já que não leva a uma melhora definitiva. 
  • A redução das capacidades físicas e mentais: Pacientes mais velhos, como aqueles que sofrem de Alzheimer, podem abandonar o tratamento por apresentarem mais dificuldades físicas e mentais para mantê-lo. A falta de lembretes, a dificuldade para engolir e mesmo as crises de agressividade contribuem para esse cenário.
  • Resistência para aderir ao tratamento: Diagnósticos em pacientes mais jovens, como o do autismo, significam uma mudança na rotina. A criança pode apresentar dificuldades para se adaptar tanto à frequência com que precisa tomar a medicação, quanto ao seu gosto e consistência, criando resistência ao tratamento.
  • Alto custo: Alguns tratamentos medicamentosos são naturalmente custosos, devido ao tipo de substância que contêm. Outros, no entanto, devem ser combinados a diferentes formas de terapia para serem efetivos, o que pode desistimular pacientes que enfrentam dificuldades financeiras e não conseguem economizar nos medicamentos.

Quais os impactos negativos de interromper o tratamento?

De modo geral, o abandono do tratamento medicamentoso faz com que o paciente volte a apresentar os sintomas que o levaram ao consultório médico. 

A depender do diagnóstico inicial, isso pode significar não apenas uma piora nos sintomas e no quadro geral de saúde, mas também:

  • A diminuição da eficácia dos medicamentos: Durante o diagnóstico, a medicação segue uma dose específica para aquele momento. Com a pausa no tratamento e a piora dos sintomas, a dose inicial pode não ser mais suficiente.  
  • O aumento dos riscos de hospitalização: No caso de doenças como a epilepsia, o abandono do tratamento medicamentoso pode significar um aumento na frequência e na intensidade das crises epilépticas. Como consequência, a pessoa diagnosticada tem mais chances de precisar de hospitalização. 
  • Aumento do custo de tratamento: A interrupção incorreta do tratamento também pode gerar mais custos para o paciente. A fibromialgia, por exemplo, pode gerar dores mais intensas, que deverão ser tratadas com fisioterapias e exercícios, além da medicação.
  • A regressão no tratamento: Pacientes com autismo podem apresentar uma regressão nos avanços observados durante o tratamento quando este é interrompido. Habilidades conquistadas, como controle das crises de agressividade e facilidade para dormir, podem ser perdidas.
  • Acelerar a progressão da doença: Doenças como o Alzheimer podem avançar mais rapidamente nos cenários em que o tratamento medicamentoso é pausado sem indicação médica.

Como evitar que pacientes abandonem seus tratamentos?

De acordo com o Manual MSD, usado como referência médica para o tratamento de diferentes condições de saúde, a melhor aderência aos tratamentos é alcançada através de:

  • Bom relacionamento entre médico e paciente: A comunicação médico-paciente deve ser amigável e constante. Assim, a pessoa diagnosticada sente mais confiança no tratamento e tem a sensação de ser “apoiada” física e emocionalmente.
  • Acompanhamento recorrente: A marcação periódica de consultas faz com que o paciente seja um agente ativo no seu tratamento. Além de comunicar sua percepção de efeitos positivos e negativos, ele pode discutir suas preocupações e construir, ao lado de sua equipe de saúde, um plano de ação que o deixe mais seguro para continuar o tratamento.
  • Informações claras: É função da equipe médica ser transparente quanto aos efeitos colaterais e possíveis resultados do tratamento medicamentoso. Saber o que esperar e aprender a identificar quais resultados são positivos mantém o paciente motivado e evita frustrações.
  • Tratamentos acessíveis: Quando possível, a opção por medicamentos de fácil acesso, genéricos ou com desconto pode fazer com que pacientes enfrentando dificuldades financeiras não abandonem seus tratamentos. 
  • Lembretes automatizados: Para além de recipientes onde o paciente pode separar e datar os medicamentos, o uso de lembretes — no celular, com assistentes virtuais etc. — também diminui as chances de interrupção do tratamento.

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