Tudo o que você precisa saber sobre farmacossegurança

A adoção de fármacos durante um tratamento deve levar em consideração a capacidade da substância de atingir o resultado desejado e a probabilidade de efeitos adversos. Ponderar sobre esses benefícios é parte da análise clínica, mas o paciente também desempenha…

A adoção de fármacos durante um tratamento deve levar em consideração a capacidade da substância de atingir o resultado desejado e a probabilidade de efeitos adversos. Ponderar sobre esses benefícios é parte da análise clínica, mas o paciente também desempenha um papel central.

Ao seguir cuidadosamente as orienções médicas para administração e armazenamento de medicamentos, pacientes aumentam as chances de eficácia do tratamento. Por isso, é fundamental conhecer os princípios da farmacossegurança e se familiarizar com as melhores práticas para adotar no dia a dia.

O que é farmacossegurança?

A farmacossegurança, também conhecida como farmacovigilância, é o conjunto de atividades relacionadas ao uso adequado de medicamentos. Seu objetivo é prevenir efeitos adversos ou problemas associados ao uso indevido de substâncias, garantindo que os benefícios ao paciente sejam maiores que os riscos e evitando o abandono do tratamento.

Os cuidados de farmacossegurança são adotados, por exemplo, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Assim, é possível garantir que não haja problemas de qualidade, intoxicações, uso não aprovado etc. 

No entanto, eles também podem ser colocados em prática pelos pacientes, a partir da administração correta dos medicamentos e da atenção às regras de armazenamento. Para isso, a melhor opção é ler a bula dos medicamentos, além de conversar com um profissional de saúde.

Como ler a bula de um medicamento?

A bula de um medicamento contém informações importantes sobre o seu uso eficaz e seguro. São tópicos fundamentais para a farmacossegurança:

  • Composição: Indica os ingredientes daquela medicação, e deve ser conferida para garantir que o paciente não tem alergia a nenhum princípio ativo.
  • Indicações: Apresenta para que o medicamento é recomendado, isto é, quais condições e doenças ele trata. Caso você tenha dúvidas sobre essa seção da bula, consulte o seu profissional de saúde para que ele possa explicar as razões de ter escolhido este medicamento.
  • Contraindicações: Lista as situações ou condições nas quais o medicamento não deve ser usado. Pode incluir desde alergias, doenças específicas, ou gravidez.
  • Posologia e modo de uso: Intrui sobre como tomar o medicamento, incluindo as doses, horários e duração do tratamento. 
  • Reações adversas: Indica possíveis efeitos colaterais. A possibilidade de reações adversas é comum em qualquer tipo de tratamento medicamentoso, mas não necessariamente o paciente apresentará aqueles sintomas.
  • Armazenagem: Define as condições adqueadas para conservar o medicamento, como temperatura, umidade, se deve ser mantido longe do sol etc. Essas regras são fundamentais para a garantia de que os princípios ativos ajam corretamente.
  • Data de validade: Indica até quando aquele medicamento pode ser consumido.

Principais dúvidas de pacientes

Quando falamos sobre farmacossegurança, é comum que pacientes em tratamentos medicamentosos ainda apresentem algumas dúvidas. A seguir, buscaremos esclarecer as principais delas.

Posso tomar um medicamento vencido?

Não. A data de validade de um medicamento, estampada tanto na caixa quanto na embalagem, deve ser seguida à risca. Ela é definida pela indústria farmacêutica com base em testes rigorosos, que levam em consideração a estabilidade dos princípios ativos daquele medicamento.

Uma vez “vencido”, não é possível garantir a capacidade do fármaco de preservar a sua potência, eficácia e segurança. Além disso, remédios de uso contínuo — por exemplo, os indicados para o tratamento de doenças crônicas, como a fibromialgia ou o Alzheimer — e antibióticos, se tomados fora da data de validade, podem colocar a vida do paciente em risco.

Por isso, o ideal é fazer uma limpeza dos remédios que mantemos em casa a cada seis meses. Também é fundamental realizar o descarte adequado, isto é, levá-los de volta para uma farmácia certificada pela Anvisa.

Como cortar comprimidos corretamente?

Para partir comprimidos ao meio, você pode:

  • Usar um cortador de comprimidos, encontrado em lojinhas e farmácias;
  • Colocar o remédio sobre uma superfície reta e limpa e aplicar pressão, com os polegares, nas duas metades, até que elas se partam.

O uso da faca é o menos recomendado, uma vez que a serra desses utensílios aumenta os riscos de esfarelamento do remédio. 

É importante mencionar, ainda, que a prática de fracionar o comprimido só pode ser feita caso ele apresente um sulco (ou seja, aquela linha reta e profunda no meio da unidade). Para comprimidos lisos e revestidos, ela não deve ser realizada.

Além disso, mesmo quando os remédios possuem a marcação correta, a decisão de cortá-los ao meio deve ser evitada, se possível. Isso porque o ato de cortá-los pode reduzir a sua eficácia, alterar a dosagem e mudar a estabilidade do composto — uma vez que não é possível garantir que cada metade possua a mesma dose do medicamento.

O ideal, nesses casos, é buscar orientação médica sobre alternativas que evitem o fracionamento dos medicamentos. Uma boa opção são formulações manipuladas e alternativas, como líquidos.

Posso ajustar minha dose sem consultar o médico?

Não. A dose dos medicamentos é definida por um profissional médico com base em uma série de fatores, desde o seu histórico de saúde até os possíveis efeitos colaterais daquele fármaco. Por isso, sempre deve ser aumentada ou diminuída com auxílio profissional, a partir de uma investigação mais profunda.

Em pacientes crônicos, como os de epilepsia ou autismo, por exemplo, o ajuste de dosagem que não é autorizado pelo profissional de saúde que já te acompanha pode causar piora nas crises e colocar em risco a vida dos pacientes. 

Diferentes pesquisas já identificaram que, no Brasil, a automedicação se caracteriza como um agravo de saúde pública. Os riscos associados à prática são diversos, e vão desde internações por intoxicação até a morte desses pacientes. 

Caso você sinta a necessidade de modificar a dose do medicamento, portanto, é indispensável agendar uma consulta com o seu profissional de saúde. E, enquanto ela não acontece, deve seguir tomando a medicação conforme indicado.

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