O Alzheimer é um transtorno degenerativo progressivo que se manifesta com sintomas neurológicos como perda de funções cognitivas e da memória. Por comprometer as atividades cotidianas e ocasionar sintomas neuropsiquiátricos, a doença afeta a qualidade de vida dos pacientes, tornando necessário o uso de medicamentos e acompanhamento médico para tratar a doença e seus sintomas.
O tratamento para a doença deve ser multidisciplinar. Os medicamentos para Alzheimer, contudo, desempenham um papel importante para a manutenção da qualidade de vida e para a redução de sintomas.
É possível retardar a progressão do Alzheimer com uso de medicamentos?
Sim. Atualmente, os medicamentos disponíveis para o tratamento do Alzheimer são utilizados na tentativa de reduzir a progressão da doença, lembrando que ainda não temos uma medicação com potencial curativo para o Alzheimer.
O tratamento medicamentoso deve ser considerado, pois ajuda a diminuir a manifestação dos sintomas, desacelerando a progressão da doença. Dessa forma, as pessoas diagnosticadas e seus cuidadores conseguem ter mais qualidade de vida por um período mais longo.
Quais fármacos podem ser usados no tratamento para Alzheimer?
O tratamento do Alzheimer pode ser feito com diferentes medicamentos, a depender do perfil e do estágio da doença. De modo geral, no entanto, dois fármacos costumam ser utilizados: os inibidores de colinesterases e a memantina.
Além destes, também podem ser usados medicamentos para controle comportamental, como antipsicóticos, ansiolíticos e antidepressivos. Eles visam controlar sintomas como, insônia, agressividade e agitação, além de sintomas depressivos.
Inibidores de colinesterases
Os principais fármacos usados no tratamento específico para o Alzheimer são os inibidores de colinesterases. Eles se baseiam em um suposto déficit de colinérgico causado pela doença, visando o aumento da concentração dessas substâncias nos neurônios.
A resposta dos pacientes costuma variar muito: enquanto alguns se beneficiam amplamente desses medicamentos, outros quase não apresentam melhora. No entanto, o uso desses inibidores em pacientes com Alzheimer leve ou moderado resulta em benefícios principalmente sobre a cognição.
Os efeitos colaterais do tratamento com inibidores de colinesterases podem incluir desconfortos gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarreia, anorexia, dispepsia, dor abdominal), problemas cardiovasculares (oscilação da pressão arterial, arritmia, bradicardia) e sintomas diversos, como tonturas, cefaleia, agitação, insônia e sudorese.
Memantina
A memantina é um fármaco com efeitos sobre a neurotransmissão glutamatérgica, isto é, sobre a neurotransmissão da parte do sistema nervoso central ligada à memória e ao aprendizado. Quando níveis elevados de glutamato são liberados, esse neurotransmissor causa a morte neuronal; a memantina funciona, portanto, como um neuroprotetor. Seus benefícios são direcionados para as funções cognitivas, motoras e comportamentais. Os efeitos colaterais mais relatados são: diarreia, cefaleia (dor de cabeça), insônia, inquietação e cansaço.
Canabidiol no tratamento de Alzheimer: funciona?
Além dos fármacos “tradicionais” no tratamento do Alzheimer, também pode ser indicado pelo médico o uso de produtos à base de Cannabis, que têm a capacidade de agir em múltiplos mecanismos patológicos da doença.
Alguns estudos apontam que o canabidiol pode funcionar como neuroprotetor, além de estimular o crescimento de neurônios (neurogênese). Outras pesquisas observaram, ainda, melhorias no bem-estar emocional, na mobilidade, em sintomas psicóticos e no sono de pacientes tratados com produtos à base de Cannabis.
Outra vantagem está no fato de que os produtos à base de CBD têm menos efeitos adversos, ou seja, podem impactar menos a qualidade de vida e a saúde em geral dos pacientes.
Embora os resultados sejam promissores, ainda são poucos os estudos científicos que avaliaram o uso de CBD no tratamento do Alzheimer. Mais pesquisas são necessárias para demonstrar os benefícios do CBD nessa condição.
Como definir qual medicamento usar no tratamento para Alzheimer?
A escolha dos melhores tipos de medicamentos para Alzheimer, experimentais ou não, deverá ser feita por um médico, responsável pelo tratamento e acompanhamento do paciente. Especialidades como psiquiatria, neurologia e geriatria são usualmente as responsáveis pelo acompanhamento desses pacientes. A decisão em qual medicação será usada levará em consideração as patologias de base, fases da doença, efeitos colaterais esperados e medicações em uso, além de expectativas.
É importante mencionar, ainda, que o uso de fármacos deve ser associado a outros tipos de terapia, como as terapias comportamentais, seguindo uma abordagem multidisciplinar. A participação em atividades diversas e o cuidado de outras condições médicas também pode ajudar a melhorar a qualidade de vida e a saúde como um todo.
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